15 de mai. de 2010

No museu com a turma do CHARLIE BROWN

Caros colegas do Tematizando os ofícios,

Me inscrevi no blog e lá encontrei o arquivo. No museu com a turma do CHARLIE BROWN e, motivado pelo texto, fui pesquisar no Youtube o vídeo que o motivou. Demandou certo tempo...pois eu já havia assistido a ele junto com minha filha, mas não o colocado em meus Favoritos ! Agora está lá.

Fiquei de enviar os links e o faço agora: são 3 partes :

1) SNOOPY -Fazendo Arte - Parte 1 - 8 min 05s
http://www.youtube.com/watch?v=2fKTFxjr_lk

2) SNOOPY -Fazendo Arte - Parte 2 - 9 min 04 s
http://www.youtube.com/watch?v=uQXkX1yqLdg

3) SNOOPY -Fazendo Arte - Parte 3 - 8 min 43s
http://www.youtube.com/watch?v=XsafHYP8v6A

O criador da turma do Charlie Brown -Charles M. Schulz - sempre pela ótica das crianças (os adultos nunca aparecem, às vezes só seus murmúrios ininteligíveis como os da professora neste episódio) faz críticas à escola e, neste caso em foco, à visita dos escolares a um museu de arte (sem mediação, vale lembrar!) - localizado bem ao lado de um supermecado (daí a 'confusão' de Charlie Brown que entrou nele junto com alguns amigos que ficaram para trás).

Para encerrar, uma fala de Lucy (sempre com sua crítica mordaz) se dirigindo a Lino ( como a maioria, eles entraram no museu de arte - contemporânea ...pelo seu acervo -) dá o que pensar:

__ " Tente não se divertir, isto deve ser um passeio educativo! "

Fiquei pensando nas potências (estéticas e éticas) deste vídeo lido quase frame a frame + o texto do blog + nossas considerações e dos professores numa oficina de formação...

Boa sessão a todos!

Aroldo

11 de mai. de 2010

Verdade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.

E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidem.

Arrebentaram a porta.Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.

Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada uma optou conforme
seu capricho,sua ilusão,sua miopia.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Verdade. In:______Corpo.
Rio de Janeiro: Record , 1984.p.41-42.